O estado a que o país está a chegar é revelador das reais intenções da grande burguesia nacional e internacional. Para os que ainda se deixaram enganar com as declarações de intenções em torno do "memorando de entendimento", para os que acreditaram num "resgate" e num "empréstimo" para salvar o país, a situação actual de quase extinção da democracia e de redução do Estado a instrumento repressor ao serviço do Capital, acompanhada naturalmente pela desagregação das instituições, é ilustração incontornável das mentiras de PS, PSD e CDS.
O descrédito dos partidos, a novela entre PS, PSD, CDS, Cavaco, é um dos resultados da política de saque e de destruição do país enquanto estado soberano. A destruição do aparelho produtivo ao longo dos anos, tal como Álvaro Cunhal referia, conduziria inexoravelmente à degradação do regime democrático e à supressão de direitos sociais e políticos - o momento actual, resultado do pacto de agressão e sua aplicação, é a demonstração clara da tese de Álvaro Cunhal.
Hoje, como em Março de 2011, o país não superará as dificuldades enquanto se mantiver sob o controlo estrangeiro e sob a garra de uma Europa alemã e do FMI. A opção de Cavaco é clara: mudar o que for preciso no governo sem eleições para garantir que o rumo se mantém inalterado.
Dois anos volvidos sobre a ocupação financeira e a captura da democracia, a fantasia e paranóia comunista ganha o respaldo concreto da realidade: o país está mais pobre, mais dependente, menos democrático.
É que a questão fundamental permanece um enigma para muitos. Mas é nosso dever dissipar as dúvida - o "interesse nacional" é uma ilusão na boca dos partidos burgueses. Aqui há dois interesses em claro confronto: o dos trabalhadores e o dos banqueiros e parasitas que vivem à custa do trabalho dos primeiros. Qual desses é o "interesse nacional"?
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