sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

14 de Maio

Já tenho os bilhetes. é melhor irem depressa.

vale a pena ver e ouvir.

aqui
e aqui.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

João Aguardela

Ficámos tristes porque te foste. Bem-hajas pelo que nos deixaste!

sábado, 10 de janeiro de 2009

Avaliação de Professores - até quando a estupidez?

No dia 8 de Janeiro de 2009, por agendamento potestativo do PSD, esteve novamente em discussão a avaliação de desempenho de professores na Assembleia da República.

Muitos chegaram a depositar esperanças em mais este acto de teatro parlamentar, muitos pensaram que seria possível partir a dureza e a prepotência do PS, que o bom-senso iluminaria, nem que por segundos fugazes, as mentes e as consciências daquela rapaziada, ou pelo menos de 5 deles, que era quanto bastava.

1. importa dizer que o PSD agendou este debate potestativamente na sequência de uma rotunda irresponsabilidade. Depois dos deputados desse mesmo PSD terem faltado em massa aos trabalhos de Novembro, onde outras resoluções de suspensão de avaliação de professores haviam sido rejeitadas, e mesmo depois de alguns deputados do PSD terem vindo dizer que faltaram conscientemente à votação, o tal partido (se é que ainda se pode chamar isso ao PSD) apresenta um projecto de lei para se redimir e pedir desculpa aos professores. Revestido da categoria de maior partido da oposição, mereceu o destaque de vários órgãos da comunicação social e a esperança de inúmeros milhares de professores. O teatro e o oportunismo, a hipocrisia e a manipulação, pelos vistos compensam na política.

2. os deputados do partido socialista que votaram favoravelmente as resoluções de suspensão da avaliação de professores no final do ano passado tiveram honras de grande destaque, particularmente o manuel alegre, salvador da esquerda, douto e digníssimo vulto da democracia portuguesa. Nessa altura votavam-se resoluções que resultam como recomendações ao Governo e, num claro cenário de falta de mais de 50 deputados na Câmara, 30 dos quais do PSD. Isso deixou alegre e seus amigalhaços de mãos-livres para fingir que votavam em consciência, contra o PS, fazendo assim valer a sua dignidade mais do que a lealdade a um partido que vendeu toda a que tinha aos interesses económicos e que se ajoelha diariamente a estados estrangeiros. Foi, para alegre e amigalhaços, uma votação relativamente simples, principalmente pela impossibilidade de provocar impacto verdadeiro. Independentemente do seu voto, a posição do partido socialista e do governo, venceria.

3. no dia 8 de Janeiro de 2009, poucos meses depois, o plenário estava cheio e o PSD fazia o seu teatro de arrependimento. Os olhares de todo o país estavam postos no plenário da Assembleia da República. Que fazer agora? Além disso, dois dos projectos de resolução converteram-se em Projecto de Lei para a suspensão da avaliação de professores (o do PEV e o do PSD. - o do BE converteu-se num projecto de lei de novo regime de avaliação, propondo assim aquilo que ainda nem os sindicatos propuseram - louve-se a clarividência do grupelho!). Ou seja, desta feita, a decisão da Assembleia teria força de lei, de obrigatório cumprimento pelo Executivo, entenda-se. Os resultados pasmaram muitos, surpreenderam outros e desiludiram uns quantos.

4. atente-se: 5 deputados do PS, entre os quais alegre, abstêm-se na votação do Projecto de Lei do PSD, 4 votam favoravelmente o do PEV e do BE e um abstém-se nestes dois últimos. Assim, por um voto, a avaliação passou. Fosse eu outro e acreditaria nas coincidências e na ingenuidade de Matilde Souza Franco (que, coitada, é de facto uma perdida ali no meio, mas é-o voluntariamente). Mas reparem como manuel alegre, julia caré, teresa portugal e outro que não me lembro, votaram a favor - para não castigar a sua imagem pública, escolhendo um mártir para se abster, assim assegurando que a lei não passava. Curiosamente, de 6 deputados pela suspensão da avaliação passamos para 4 e uma abstenção, exactamente e estritamente o necessário para chumbar. Mas ao mesmo tempo, o suficiente e o necessário para manter a ilusão de que existe uma esquerda sensível e humanista no PS, para manter a ilusão da existência de um suposto homem de esquerda, que continua a justificar os votos na direita. manuel alegre pode dizer-se o que quiser, mas a verdade, por mais voltas que se lhe dê, é que continua a beneficiar o PS com a cantiga da esquerda, apelando ao voto sempre no PS, incluindo sempre o PS.

5. obviamente que a posição de manuel alegre e seus amigos foi combinada com o bloco de esquerda. só assim se explica que manuel alegra se asbtenha no Projecto de Lei do PSD que apenas propunha a suspensão da avaliação em curso e tenha votado a favor o do BE que propunha todo um novo regime, mesmo sem ter ainda esse regime sido discutido com sindicatos e estruturas representativas de professores. Mesmo sem que manuel alegre perceba puto de avaliação de professores.