terça-feira, 28 de abril de 2009

Ruptura?

é impressão minha ou de repente todos os partidos começaram a falar de ruptura política? Acabo de ouvir o Francisco Louçã, do BE, a dizer que o que é necessário é uma ruptura com as políticas de direita.

Curiosamente, o PCP definiu como estratégia política a "ruptura democrática e de esquerda" e a "ruptura com as políticas de direita" e as TV's e jornais tudo fizeram para silenciar essa justa e forte posição. Agora que o Louçã a usa anda aí pelos telejornais. Isto realmente já cheira a esturro, tal é a panelinha.

Começa a ser demasiado para ser tolerável o carinho que, quer a comunicação social, quer o próprio PS dedicam à UDP e ao PSR, ou por outra, ao BE. É altura de começar a denunciar as palhaçadas desses oportunistas.

Curiosamente, os jornais não denunciam quando o BE copia na íntegra o Projectos de Lei do PCP, as posições políticas do PCP, agora até as expressões, nem tampouco denunciam que o BE pouco mais faz na Assembleia da República que copiar à exaustão as iniciativas do PCP, muitas vezes sem sequer lhes mudar o texto, mas são rápidos a vir dizer que o PCP copiou o slogan eleitoral de Obama (desde pelo menos há 3 ou 4 anos que o PCP usa o "Sim é possível!", bem antes de Obama) e que a CDU copiou um slogan eleitoral do BE de há não sei quantos anos e do que ninguém se lembrava (aliás eu próprio nem me recordo do PSR+UDP terem usado esse lema - "faz toda a diferença").

... em Portugal e na Europa CDU faz toda a diferença. Desculpem-me então os oportunistas do BE... mas o facto é que usaram um lema a que não fizeram justiça e assim se demonstraram afinal tão iguais quanto os restantes partidos da vossa burguesiazinha. É que, na verdade, o BE não fez diferença nenhuma, nem em Portugal, nem na Europa, nem onde apostaram tudo como os salvadores da pátria: em lisboa. Afinal de contas, em Lisboa, em Portugal ou na Europa, o BE não faz porra de diferença nenhuma!

Era bom verificar o que andou por bruxelas a fazer o Miguel Portas, já que eu a Ilda farto-me de a ver, mas esse parece que andou por lá nos croquetes...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

tanta coisa para isto...

O Bloco de Esquerda mostrou hoje sem pudor o seu oportunismo político. Depois de as questões da corrupção dominarem a agenda mediática durante uns dias para satisfazer um agendamento potestativo do BE, eis que afinal sai um tiro de pólvora seca. Afinal, ao contrário do que o próprio BE e o seu regimento de acólitos nos jornais, rádios e tv's, anunciavam, o BE não tinha nenhum Projecto de Lei para a criminalização do enriquecimento ilícito.

Verdade seja dita, o BE apenas tinha uma reedição de algumas iniciativas suas e umas coisitas retiradas ao PCP, para variar. Verdade seja dita, o BE nem sequer propunha o fim do off-shore da Madeira como dava a entender na comunicação social até hoje.

Mas mais grave é o facto de o BE ter recusado que outros partidos apresentassem iniciativas para discussão em conjunto. Isso revela bem que a intenção do BE não era melhorar a legislação portuguesa, nem tampouco combater a corrupção. Era, afinal de contas, apenas afirmar-se como paladino da luta contra a corrupção, cavalgar cabeçalhos e primeiras páginas de jornais e propagandear-se por aí, qual pavão, da sua própria genialidade. Por que recusou que o PCP agendasse o seu Projecto de Lei sobre a criminalização do enriquecimento ilícito, sobre o sigilo bancário, sobre o off-shore da Madeira e tantas outras iniciativas que o PCP tem vindo, há largos anos (desde que o próprio BE andava ainda indeciso entre PSR's e UDP's) a apresentar? Essa é a questão que quando respondida demonstra bem o verdadeiro interesse deste agendamento.

Espero que, da próxima vez, os restantes partidos não permitam que o BE agende projectos nos seus potestativos. Isso é que era justa retribuição.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Propaganda Escolar EPE

A RTP é, sem ponta de vergonha, um canal de propaganda do Governo. Isso revela bem em que princípios - ou ausência deles - assenta a acção do Partido Socialista. Parasitar o Estado, promover amigos e instaurar a hierarquia dos favores e dos clientelismos, sem olhar a meios, sem vergonha.

Acabo de ver o Sócrates na TV, enquanto a Ministra da Educação e seu inútil parceiro da Cultura se sentava na plateia, a abrir as novas instalações do Conservatório do Porto. Curiosamente, a Ministra da Educação já tinha anunciado a conclusão dessas obras há meses atrás no Parlamento quando confrontada com a crítica do PCP ao seu Programa de desmantelamento do Ensino Artístico.

Sócrates, entretanto anunciava que o Governo queria enfrentar a crise recuperando as instalações das escolas secundárias. Ora, na RTP ninguém se lembrou de dizer que existem escolas secundárias provisórias há mais de trinta anos e a cair, e que o Governo mais não faz que a sua obrigação e o que é lamentável é que esteja a fazê-lo agora à pressa, não para combater a crise, mas para fazer campanha eleitoral. A maioria das obras agora anunciadas já estava anunciada há muito, desde que o Governo divulgou, também como resposta a uma Pergunta do PCP, a lista das escolas a intervencionar pela empresa Parque Escolar EPE.

Ora a RTP também se esqueceu desse pormenor: o governo empresarializou a gestão do parque escolar do ensino secundário, colocando todas as obras na responsabilidade de uma empresa. É curioso verificar que, quando confrontado com o PCP sobre a necessidade de construção de um Pavilhão Gimnodesportivo numa determinada escola, o Governo anunciava que isso agora era assunto da Parque Escolar EPE e não do Ministério da Educação. Mas é o Governo quem vem agora anunciar as obras com pompa e circunstância. E para bom entendedor meia palavra basta...

Mas não basta meia estória: importa ainda referir que a forma como o governo tem procedido à recuperação dos edifícios e instalações de escolas públicas - muito mais lenta do que o anunciado - pode não ser uma forma de combater a crise de forma estrutural (como o governo finge ser) mas lá que é uma boa forma de ajudar as grandes construtoras, como a Mota-Engil e outras amigas, lá isso, é. Uma olhada pela lista de intervenções e rapidamente se verificará que afinal as grandes obras se contam pelos dedos de uma mão e que essas são atribuídas às grandes empresas da construção civil. A maior parte das intervenções são pinturas de paredes, arranjos de pavimento e outras que tais. Essas constituem as tais dezenas de intervenções anunciadas. Mas não tinha o mesmo impacto, pois não? O Primeiro-Ministro convocar a RTP para anunciar com aquele ar de parasita: "vamos pintar a parede desta escola para fingir que combatemos a crise". No entanto, essa seria uma declaração mais próxima da verdade do que as que temos ouvido.

sábado, 11 de abril de 2009

Aikido

A autoridade nacional recomenda os novos sites da aikideai que podem todos ser vistos a partir de

aqui.

A deaikai é um projecto cultural e artístico desenvolvido especialmente para o aikido. para quem nunca experimentou praticar artes marciais, tem nestes sites um bom motivo para começar. Nunca é tarde.