Depois de o Governo do PS afirmar pela voz do ex-Ministro do Ambiente, de má memória, Nunes Correia, que a estratégia do Governo era: "privatizar de baixo para cima o sector da água".
Depois de o PS enquanto Governo ter aprovado a Lei da Água com o voto favorável do PSD e do CDS e de nela inscrever a privatização da água como objectivo fundamental.
Depois de o Governo PS de Sócrates ter escrito numa análise SWOT, contida no PEAASAR, que uma das oportunidades do sector da água é: "Elevado potencial de crescimento do mercado da água, proporcionando espaço para o aparecimento de novos interessados e para o fortalecimento do tecido empresarial privado nacional que actua neste mercado."
Depois de tudo isso, vem o PSD e o CDS aplicar a lei da autoria do PS e dizer que quer avançar com a privatização do sector, sob o fogo cerrado do PS a quem agora, como vem sendo habitual, a consciência de esquerda assomou, porventura por ser oposição e querer ser governo para fazer depois o que agora critica.
Mas a questão é muito simples e coloco-a sobre a forma de pergunta à qual qualquer leitor na posse de capacidade mínima de honestidade e lucidez saberá responder:
"uma empresa privada que visa o lucro e gere uma rede de abastecimento mais depressa corta a água a uma família com dificuldades ou a uns ricos com piscina? qual é o melhor cliente?"
e não se esqueçam que, do ponto de vista ambiental, do ponto de vista social, a utilização que a família pobre dá à água é incomparavelmente mais sustentável e adequada que a utilização que o rico lhe dará para se banhar na piscina.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
O capital a assumir-se como actor político, sem camuflagem
Das duas, uma:
1. O Pingo Doce diz que faz preços baixos, mas afinal de contas consegue fazer metade do preço, o que significa que podia fazer preços muito mais baixos.
2. O Pingo Doce fez dumping, vendendo abaixo do preço de custo, apenas para mostrar que o Dia do Trabalhador não merece qualquer respeito por parte do patronato. Para mostrar que os patrões - um monopolista - manda mais do que as leis.
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