Quando um governo se assume como comissão de negócios das grandes empresas, quando um primeiro-ministro se rasteja prestável aos pés das grandes corporações, quando se diz a um país que um investimento em aquacultura intensiva feito por uma empresa privada multinacional espanhola é um investimento do país, quando se alteram os critérios de ordenamento do território para satisfazer necessidades de empresas, quando por cima de tudo isto se afirma que a aquacultura intensiva é um exemplo de indústria de progresso ecológico, económico e tecnológico; então percebemos claramente que estamos à beira do abismo.
Portugal tem um enorme potencial para a realização e dinamização de aquacultura extensiva e semi-intensiva, tem as condições costeiras, os estuários, tem os pequenos e médios produtores interessados e o que faz o Governo? cobra-lhes taxas de recursos hídricos absolutamente disparatadas e fecha os olhos perante a situação de concorrência desleal em que competem os produtores nacionais com os gregos e espanhois, por exemplo. Como se isso não bastasse, ainda disponibiliza parcelas da rede natura 2000 para a Pescanova, manda lá o 1º ministro numa clara demonstração de sabujice e de provincianismo saloio inaugurar uma central de engorda de pregado e fazer publicidade descarada à empresa. Só faltava mesmo não lhes cobrar a taxa de recursos hídricos! (e certamente já arranjou maneira de não a cobrar, como fez com a EDP)
Talvez amanhã nos deparemos com o Sócrates na TV a deliciar-se nos medalhões de pescada da Pescanova, e um dia mais tarde, quem sabe, armado em capitão iglo de roda de uns douradinhos. Só duvido que algum pai de bom senso neste país permitisse que o seu filho se chegasse perto desse capitão...
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2 comentários:
Nem capitão Pescavona, nem Capitão Iglo...o José será sempre o Capitão Pinóquio!
Adicionem aos vossos links, se fizerem favor, o meu blog:
http://o-comunista.blogspot.com
Abraço camaradas!
"Louçã lidera defesa do Governo."
A ler:
http://blasfemias.net/2009/06/23/o-bloco-que-o-bloco-quer
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