terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Se o BE podia viver sem copiar iniciativas do PCP? podia... mas não era a mesma coisa!

Em 25 de Março de 2009, o Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português propôs a suspensão do pagamento de propinas para desempregados, filhos de desempregados ou para estudantes de famílias com baixos rendimentos. Assim, o PCP apresentou esta iniciativa.

Claro que, um mês depois, assim que pôde, o BE foi marcar o terreno e adoptou a ideia do PCP, com esta iniciativa.

Agora, o PCP foi muito mais longe e propôs uma nova lei de financiamento do ensino superior público, pondo fim à privatização e mercantilização do ensino, acabando com a propina. O BE já veio a correr a dizer que vai fazer qualquer coisa e, prontamente, a Comunicação Social se dispôs a divulgar esta "revolucionária" proposta do BE, ignorando que foi esse mesmo BE que propôs esta iniciativa, onde defende o encaminhamento do dinheiro das propinas para o orçamento de investimento das instituições de ensino superior.

Contradições e copianços à parte, o que importa é que o PCP foi o primeiro partido, da história da democracia parlamentar portuguesa, a ter a audácia de propôr uma nova lei de financiamento do Ensino Superior Público. Pelo menos não tiveram o desplante e descaramento de a copiar. Por enquanto...

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O que Medina Carreira não diz

O ilustre fiscalista tem optado, ao seu estilo trauliteiro e simplista, por intensifcar o grau de parvoíce das suas atoardas, tudo a bem da estabilidaade do sistema que lhe dá de comer e que o glorifica diariamente, alimentando o seu ego, aparentemente sempre insatisfeito. Vá-se lá perceber... talvez por inconfessada vontade de ser deputado e não encontrar quem lhe dê guarida.

Ora tem afirmado o senhor Medina Carreira, com a acidez embrutecida que julga ficar-lhe bem mas que não é mais do que um condimento que a imprensa e a estupidez de um bom punhado de gente lhe adicionam para tornar mais apetecível a sua cassete, que afinal de contas, tiremos-lhe o estilo caceteiro e arruaceiro, em nada difere da cassete de outros tantos iluminados da praça, entre os quais os próprios agentes do Governo, os belmiros, os amorins e os amigalhaços que lhes comem na mão a troco dos seus momentos de glória ou contas bancárias porventura mais recheadas que as dos comuns portugueses que vivem de trabalhar no duro porque não lhes pagam a "asneira ao quilo" como, pelos vistos, vão fazendo a Medina Carreira.

Tiremos o essencial da lição de "Medina" e de quem lhe dá destaque:

1. Tudo está mal e o sistema está podre - nada como começar com um axioma fácil e suficientemente demagógico, para angariar simpatias e dar cobertura ao chorrilho de disparates que se vai dizer a seguir.

2. A culpa disto tudo é dos partidos - começa a cassete do sistema que tenta a todo o custo meter os partidos todos no mesmo saco, eliminando as óbvias diferenças entre os partidos do sistema e o partido revolucionário que persiste e, pasme-se, cresce em Portugal.

3. A culpa disto tudo é também da Assembleia da República, onde se sentam os "obedientes" que "não valem nada" e mais não são senão o equivalente à Assembleia Nacional de Salazar - e aqui começa o requinte. Então terá o iluminado doutor a coragem, isso sim seria coragem, de acusar os reais responsáveis pelo estado país e do mundo? terá o sr a coragem para acusar os grandes grupos económicos que à luz do dia têm fábricas higiénicas e na sombra traficam droga, armamento e pessoas? terá o sr coragem para denunciar que quem dá guarida a estes bandidos são precisamente os que se sentam nos bancos de certos partidos e não de TODOS. Terá ou não coragem para, em vez de atacar os "obedientes" deputados da Assembleia da República, acusar aqueles que têm conduzido o país ao abismo em que hoje se enterra, ou seja, o governo da república?

Ou não será que Medina Carreira lança estas bujardas de indisfarçável boçalidade apenas para ir escondendo os reais responsáveis pelo estado a que o país chegou, assim contribuindo para ilibar os governos e os criminosos que enchem as suas contas em off-shores à custa do trabalho dos portugueses? Não tentará afinal, o ilustre bobo das cortes, com estas considerações de sarjeta angariar o protagonismo sobre a sua triste figura e com isso ganhar mais uns carinhos desse sistema que aparentemente tanto critica?

E mais grave do que isso: não estará, afinal de contas e tudo somado, apenas a difundir a mesma tese que diariamente nos tentam impingir de que tudo está perdido, não vale a pena lutar, não há em quem votar, a democracia não presta e não serve. Ou seja, no essencial, o que importa é que os vampiros possam continuar a sugar o nosso sangue e que o povo não veja o caminho para sair do atoleiro em que estes governos e os patrões que lhes dão de comer nas gamelas nos enfiaram.

Dizemos não! há outro caminho: o do socialismo, com o PCP!