quinta-feira, 4 de julho de 2013

da dissimulação

Paulo Portas afirmou algo como "bla bla bla irrevogável" e "bla bla bla continuar no Governo seria um acto de dissimulação".

Sobre o "irrevogável", nada a dizer. Sabemos bem o que vale a palavra de um homem como Paulo Portas, não por suspeição, mas por mera observação do seu comportamento ao longo do tempo. A sua palavra vale absolutamente nada e, por isso mesmo, a irrevogabilidade do que afirma hoje com veemência é tão densa quanto éter.

Mas com o "continuar no Governo seria um acto de dissimulação" já confesso ter sido surpreendido. É que não é habitual ouvir Paulo Portas falar verdade. E sabemos agora que Paulo Portas, se ficar no Governo, estará em permanente exercício de dissimulação e engano, mas que só estava disponível para fazer esse exercício com mais responsabilidades no Governo de traição nacional.

Ou seja, como Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros não estava disponível para passar pelo calvário da dissimulação em que é já mestre. Mas como vice-primeiro-ministro e com a pasta da economia, garantindo a sua ascensão rumo ao posto de chanceler que o seduz desde tenra idade, já tem recompensa que chegue e que justifique a trituração dos tais evocados princípios.

A birra do menino ou a ascensão da extrema-direita parlamentar?

1 comentário:

j.r. disse...

Na minha simples opinião o que se passou em Portugal foi um golpe de estado da extrema direita, só assim um grupelho de extrema direita pode tomar o poder. Não entendo como podemos ter um "novo governo" com um "novo programa" sem que este programa tenha sido votado pelos portugueses. É a isto que chamo golpe de estado, "Quem votou neste novo programa? Então os partidos agora só porque têm uma "maioria" já podem alterar as regras do jogo a meio do campeonato ? Temos o pior PR de sempre, um hoem de mão da extrema direita que nada fez para dar a voz ao povo, Será que em eleições os eleitores votariam neste "novo programa"? O que se está a passar é uma vergonha para a democracia portuguesa.