A tentativa desesperada de actuar sobre a opinião pública é cada vez mais óbvia, tanto quanto é cada vez mais patética. Perdida que está a ministra da educação no próprio sistema que supostamente gere - o sistema educativo - tenta agora virar-se para a já habitual estratégia de dividir a opinião pública.
Tenta a Srª Ministra agora parecer que alterou muita coisa sem nada ter alterado. Politicamente o modelo de avaliação não sofreu nenhuma alteração. Legalmente mantém-se tal qual como há uma semana atrás. Mesmo a suposta simplificação do modelo e da aplicação anunciada ontem com dramatismo na TV, não colhe fundamentação legal nos documentos aprovados pelo próprio governo. Bem pode vir agora fingir arrependimentos, bem pode como uma louca vir acusar o seu próprio modelo de tudo e mais alguma coisa, como aparentemente até fez para algumas questões, mas não pode iludir que a orientação política de introdução de quotas de avaliação, de instrumentalização governamental das escolas, de aplicação de gestão empresarial às escolas e de desarticulação do papel e dos direitos dos professores.
Dizer agora que vai simplificar o intolerável, limpar de burocracias o irrazoável é apenas mais uma tentativa de nos fazer tentar confundir a árvore com a floresta. O essencial é a política e a orientação de direita por detrás deste modelo de avaliação, o essencial é o ataque que ele representa perantes os direitos dos trabalhadores da educação, é a forma como tenta virar todos contra os professores, lançando a ideia de que não são, não foram e não querem ser avaliados.
Uma vez mais a minstra e o governo falham na necessária aproximação às necessidades do sistema educativo e do país. Uma vez mais se mostram absolutamente insensíveis, irracionais e arrogantes na imposição das suas políticas a bem ou a mal. A ministra quer fazer-nos crer que está a ceder. No entanto, nega-se a cessar o processo ou a suspender. É como dizer que quer paz e não parar os canhões e as armas.
Suspensão é a única solução!
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1 comentário:
E, além de os fabricar, aos canhões e às armas, de os disparar.
Mas nós temos as pedras!
Grande abraço
('inda vou ver se consigo dar um salto a Pernes)
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